Evento organizado pela Federação Nacional dos Policiais Federais apresentou propostas para modernizar investigação policial

O segundo dia do Congresso Nacional dos Policiais Federais (XVII Conapef) começou com as apresentações de propostas que possam inovar e modernizar a investigação policial no Brasil. Os policiais federais que inscreveram suas proposições tiveram a oportunidade de mostrar aos presentes como facilitar o trabalho dos profissionais de segurança pública.

Uma das propostas apresentadas foi o 1º Concurso de Tecnologias Policiais (Startpol). O objetivo é premiar dez iniciativas que visem ao aperfeiçoamento ou incorporação de técnicas que colaborem com as investigações do órgão.

“O concurso é uma inspiração daquilo que já acontece no mundo todo, tornando o processo investigativo mais eficiente”, explicou o diretor de Estratégia Sindical da Fenapef e coordenador do evento, Júlio César Nunes. Serão aceitos produtos, processos ou serviços inovadores para a segurança pública em todas as áreas tecnológicas. Os projetos vencedores receberão consultoria e acompanhamento desde a implementação até a conclusão do produto ou serviço.

Outra inovação sugerida para essa edição do Conapef foi o aplicativo K-9. O software tem como finalidade facilitar o registro completo das investigações e auxiliar o policial a encontrar informações colhidas em ocorrências já registradas, de forma mais rápida e eficiente. “O aplicativo seria implementado inicialmente na PF, mas poderia expandir sua utilização nos demais órgãos de segurança pública no Brasil”, esclarece Júlio César.

Foram apresentadas, ainda, propostas e teses para modernização, como as de Investigação Mobile (informatização da atividade policial em campo), de utilização de aeronaves pilotadas remotamente na atividade policial e de fluxo do Sistema de Justiça Criminal Federal como ferramenta de gestão pública.

A votação para aprovação ou não das proposições será no último dia do evento, nessa sexta (30).

Eixos

O segundo dia de Congresso foi dedicado a um debate mais profundo sobre os eixos temáticos do Congresso – “Novas práticas e novas tecnologias de investigação policial” e “Projetos Fenapef: novas alternativas e novos caminhos”. Os interessados cadastraram teses, projetos ou moções que levantassem a discussão em torno desses eixos.

As teses aprovadas serão convertidas em material de divulgação junto aos operadores do direito, aos representantes eleitos pela sociedade civil, às universidades, faculdades, centros de pesquisa, institutos, fundações, fóruns de segurança pública e privada e, em especial, aos policiais e demais operadores de segurança pública.

O presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens, conduziu um dos eixos e abordou sobre carreira única dentro da Polícia Federal. Para ele, o embate no Congresso para aprovar projetos que versem sobre o assunto ainda é um fator limitante para a implantação da proposta. “A Federação sempre buscou consenso nesse sentido. Decidir o melhor caminho é papel de todos.”

O presidente fez, ainda, uma retrospectiva de todas as lutas e conquistas até o momento e falou sobre estratégias para avançar em temas pertinentes à categoria.

FONTE: Comunicação Fenapef