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Reestruturação da PF: “Garantir direitos dos policiais é prioridade”, destaca Boudens. Postado em 09/02/2018 por Sindicato dos Policiais Federais às 09:59

Entidades de classe da Polícia Federal deram continuidade à sequência de reuniões para tratar sobre a reestruturação do Órgão nesta quinta-feira (8). Representantes de todos os cargos se reuniram com a Direção-Geral da PF para discutir os pontos divergentes e aqueles que não têm sido bem recebidos pela Carreira.

A necessidade de fixar, de forma taxativa, as atribuições de cada cargo é consenso entre as lideranças. Há um temor sobre o futuro de cada cargo e suas atribuições, caso o texto permita – por generalização ou obscuridade – uma interpretação particular de cada entidade sobre a nova legislação.

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, a carreira aguarda uma sinalização da Direção-Geral acerca do reconhecimento legal de atribuições complexas realizadas pelos policiais federais e a unificação dos cargos de Agente e Escrivão. A entidade justifica que as medidas diminuiriam a burocracia interna na Polícia Federal e  alavancaria as ações inerentes à atividade-fim do órgão, como investigações, operações e fiscalizações diversas.

“Se o objetivo do projeto é a valorização do policial, a Direção-Geral precisa opinar em pontos que, para nós, são determinantes para a negociação, como a definição exata das atribuições dos cargos e o conceito de autoridade policial”, declarou.

Segundo o presidente, que também é agente de polícia federal, “o cargo policial de nível médio é interesse da gestão e do Governo. Já para os policiais federais,  a prioridade nessa negociação é garantir direitos, obter a valorização sob todos os aspectos, definir as atribuições dos cargos e modernizar a PF”.

A agente federal Bibiana Orsi participou do encontro a convite da Fenapef e falou sobre a percepção dos colegas de Carreira acerca do projeto. “Se vamos oficializar um rol de atribuições dos policiais de nível médio, isso não pode ocorrer antes de definirmos as atribuições de cada cargo de nível superior que já existe. É necessário preservar a atividade investigativa, que é a essência do nosso trabalho”.

Além das atribuições dos policiais federais, foram discutidos temas que ainda geram conflitos entre as representações como a a criação de uma hierarquia entre os cargos; a nomenclatura a ser adotada para a  união de Agentes e Escrivães; e os impactos da reestruturação nas próximas negociações salariais.
Mudanças na negociação

Durante o encontro, ficaram acordadas mudanças na metodologia de negociação. Para dar celeridade aos debates, cada entidade deverá encaminhar suas sugestões até a sexta-feira (16.02.2018) para a Diretoria de Gestão de Pessoal, que poderá discutir diretamente com as categorias as questões trazidas. Havendo pontos divergentes, a DGP fará a mediação com as categorias interessadas em reunião fechada.
Participe!

A Fenapef vem recebendo dezenas de e-mails com sugestões e impressões dos sindicalizados sobre o projeto de reestruturação da Carreira, apresentado pela Administração da PF. A entidade pede que os policiais mantenham o ritmo de participação pelo e-mail imprensa@fenapef.org.br. A opinião de todos é muito importante para construirmos um projeto democrático e de valorização para os policiais federais brasileiros.

FONTE: Comunicação Fenapef

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