A Polícia Federal realiza, nesta quinta-feira (19), operação-padrão nos aeroportos de todo o Brasil. Em alguns estados acontecem operações em aeroportos do interior e nas fronteiras. As operações começaram por volta das 6h da manhã e devem seguir durante todo o dia.

No geral as operações-padrão não prejudicaram o embarque e o desembarque de passageiros. "Nosso objetivo é mostrar aos cidadãos a insegurança dos aeroportos brasileiros, a terceirização das atividades dos policiais e a desvalorização da categoria", diz o presidente da Fenapef, Marcos Wink. Além de checar a documentação e bagagens de todos os passageiros que desembarcarem ou embarcarem os policiais realizaram a distribuição de folhetos informativos.

Em Brasília mais de 50 policiais federais realizaram uma operação no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek. O ato dos policiais foi encerrado com um culto ecumênico. No Espírito Santo, os policiais iniciaram a operação por volta das 6h com a distribuição de folhetos informativos. No Sul, Santa Catarina e Paraná realizaram as operações padrão durante toda a manhã. Em São Paulo, os policiais concentraram a operação no aeroporto de Guarulhos.

Protesto

A operação padrão foi decidida em assembleia geral realizada em 27 de março, em protesto contra o número de funcionários terceirizados que fazem a triagem de passageiros nos embarques e desembarques dos voos, além da deficiência e precariedade da Polícia Federal nos aeroportos.

Segundo a assessoria de imprensa da Fenapef, "os constantes cortes orçamentários, a burocratização do trabalho policial, o esvaziamento do trabalho preventivo e repressivo da PF e os baixos salários de agentes, escrivães e papiloscopistas contribuem para o agravamento do quadro."

Para o presidente da federação, Marcos Wink, o efetivo da PF é insuficiente para o trabalho e ainda é "absorvido pela burocracia gerada pelos inquéritos policiais”. Em nota, ele informou que "é comum um estrangeiro ser recepcionado por uma pessoa estranha aos quadros da corporação e executando funções de estado."

Wink citou o exemplo de um funcionário terceirizado da PF que foi preso no Rio Grande do Norte quando extorquia dinheiro de um turista estrangeiro.

A Polícia Federal informou, por meio da assessoria de imprensa, que o movimento é da Fenapef e que não se pronunciaria sobre a operação padrão.

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Fonte: G1