Os dois policiais federais detidos pela Marinha do Paraguai na terça-feira (12), após terem atirado em um paraguaio na Ponte da Amizade, entre Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, e Ciudad del Este, prestaram depoimento à Justiça do país vizinho e foram liberados nesta quarta-feira (13) por volta das 16 horas.
Acusados de violação de soberania e lesão corporal grave, os agentes foram ouvidos pelo juiz penal Raúl Insaurralde. Até decidir sobre o caso – que também será investigado pela Polícia Federal -, os policiais brasileiros terão de se apresentar à justiça paraguaia a cada 15 dias por cerca de dois meses, prazo em que o processo deve ser concluído.
A confusão teria sido causada por uma denúncia de roubo na cabeceira da Ponte da Amizade. Acionados para identificar possíveis suspeitos, os policiais abordaram um grupo de paraguaios ainda do lado brasileiro. Os acusados tentaram agredir os agentes. Um deles revidou e atirou, acertando a perna de Fernando Soares Oliveira, 35 anos.
Os paraguaios alegam que estavam do outro lado da fronteira quando os policiais os abordaram com violência pedindo para mostrarem o que tinham nas mochilas e entregarem uma suposta arma. “Deram um tapa no meu colega e, enquanto ele estava no chão, atiraram”, disse um dos amigos de Oliveira.
Oficiais da Marinha detiveram os dois agentes já do lado paraguaio, onde estariam socorrendo a vítima. Depois de aguardarem duas horas até a chegada dos delegados brasileiros, os policiais foram levados para a Promotoria de Ciudad del Este para prestar esclarecimentos e fazer exames para a identificação de pólvora nas mãos.
Por causa do feriado no Paraguai na terça-feira (12), ambos passaram a noite no país vizinho e só puderam depor em juízo nesta quarta-feira.
Fonte: Agência Fenapef com Gazeta do Povo