Há mais de duas décadas, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) luta por uma segurança pública de qualidade e preservadora dos direitos fundamentais do cidadão. Nesse período, construímos um conjunto de propostas sólidas, tanto do ponto de vista de um novo modelo de polícia, quanto da reformulação das estruturas funcionais dentro das organizações policiais, entre essas a POLÍCIA FEDERAL DO BRASIL.

Avaliamos que, nesse período, fomos protagonistas de importantes avanços no que se refere ao fazer policial. A Polícia Federal se tornou referência ética para muitos brasileiros a partir de seu trabalho de combate a crimes como o narcotráfico, o contrabando, a corrupção e os demais crimes de “colarinho branco”.

Mesmo diante da falta de efetivo e do constante esvaziamento das funções preventivas e repressivas da Polícia Federal, como, por exemplo, o fechamento de postos de fronteira e a terceirização de funções exclusivas da PF, seguimos trabalhando e honrando o reconhecimento conferido pelos brasileiros.

Mas se avançamos do ponto de vista de nossa ação, retrocedemos no que tange ao propósito de construir uma polícia mais efetiva, menos burocrática e voltada para a prevenção ao crime. Hoje, mais da metade dos policiais federais são obrigados a atuar em funções cartoriais, com o único objetivo de produzir “papéis” para os inócuos Inquéritos Policiais.

A Federação Nacional dos Policiais Federais e seus 27 sindicatos têm trabalhado há quase 36 meses em um processo de reestruturação da carreira dos escrivães, agentes e papiloscopistas, hoje reconhecidos como CARREIRA DE NÍVEL SUPERIOR pelo governo federal.

Em conjunto com técnicos do governo, construímos propostas que, apesar de terem viabilidade técnica, aguardam a aprovação política do Ministério da Justiça e do Palácio do Planalto. Entre as propostas, estão o efetivo reconhecimento de nossas atribuições, o fortalecimento das funções de polícia preventiva e a recomposição dos vencimentos, visto que hoje temos o pior salário entre todas as carreiras típicas de estado.

A distorção salarial frente a outras carreiras é tão patente que, em um ranking divulgado pelo site do SINAJUS, esse grupo de servidores aparece na 104ª posição.

Diante de tais fatos, os policiais federais vêm a público denunciar a desvalorização e o esvaziamento de suas funções a partir de uma política de manutenção do falido modelo funcional instalado dentro do Departamento de Polícia Federal.

Para fazer frente a esse contexto, organizamos uma série de atos e ações que visam tornar pública a nossa luta por uma segurança de mais qualidade para a sociedade brasileira.

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS POLICIAIS FEDERAIS

Fonte: Agência Fenapef