Os policiais federais do Paraná retomaram nesta manhã a operação-padrão nos aeroporto Afonso Pena, no Paraná, e Salgado Filho, no Rio Grande do Sul. O movimento reivindica a valorização da categoria, que está em greve desde o dia 7 . Na região de Curitiba, por exemplo, a ação foi iniciada desde o primeiro voo do dia, às 5h30, e todas as bagagens estão sendo revistadas individualmente.
Nas primeiras horas, a ação policial já causa atrasos no terminal. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que, até as 9h, entre 29 partidas programadas, 11 (37%) estavam atrasadas e outras 10 (34%) foram canceladas.
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Esta é a segunda operação dos policiais no Afonso Pena. A primeira, realizada na quinta-feira (9) passada, causou tumulto e filas. Realizada em horário de pico, a ação atrasou mais de 60% dos voos. Com a fiscalização intensificada, os policiais apreenderam 6 mil comprimidos de ecstasy.
Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, os agentes iniciaram a ação por volta das 6h. Até as 9h, de acordo com o controle da Infraero, entre 31 voos programados, apenas um teria sofrido atrasos superior a 30 minutos. Não houve o cancelamento de partidas.
O Sindicato dos Policiais Federais (Simpef-RS) informou que, em todo o Estado, continuam suspensos os serviços de atendimento ao público. Emissão de passaportes também foi cancelada, sendo atendidos somente os casos emergenciais. A categoria mantém apenas os plantões, as ocorrências em flagrante e custódia de presos.
'Quinta-feira negra'
O governo não apresentou proposta às reivindicações da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) nesta quarta-feira (15). Os agentes da PF estão parados desde o início da semana passada e pedem reajuste salarial de 30%, reestruturação da carreira e o afastamento do diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra.
O Ministério do Planejamento marcou nova reunião com a Fenapef para a próxima terça-feira, quando deverá apresentar alguma proposta. O resultado frustrou a categoria, segundo o presidente da Fenapef, Marcos Winck. "Haverá uma quinta-feira feira negra", prometeu.
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Os agentes deverão realizar operação-padrão na quinta-feira e na sexta-feira em portos, aeroportos e postos de fronteira. Os horários e como será feita a operação chamada de "Blackout" deve ser definida pelos sindicatos estaduais.
Em São Paulo, a operação-padrão começará a partir das 16h30, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Já no Rio Grande do Sul, a fiscalização reforçada no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, começará às 6h. As associações da Paraíba, Brasília, Goiás e outros Estados também prometem ações para toda a quinta-feira.
Fonte: Último Segundo