O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), exonerou nesta quarta-feira um grupo de 15 assessores especiais, entre eles, Lúcio Gouthier Fiúza, que teria participado da negociação da venda da casa onde o contraventor Carlinhos Cachoeira foi preso em fevereiro. De acordo com novas gravações da Polícia Federal exibidas no “Jornal Nacional”, Cachoeira e Wladimir mencionam o nome de Lúcio, assessor do governador goiano. Além dele, teriam participado do negócio o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez e o empresário Walter Paulo Santiago, dono da Faculdade Padrão.

Segundo a assessoria do governo de Goiás, os assessores foram exonerados a fim de respeitar o prazo para afastamento de eventuais candidatos que forem participar das eleições municipais de outubro.

Perillo, que prestará depoimento à CPI do Cachoeira na próxima terça-feira, terá de explicar a intrincada operação da venda da casa. Após o depoimento de Walter Santiago nesta terça-feira à comissão, Perillo afirmou, por meio de nota, que os depoimentos corroboram com as afirmações por ele dadas sobre a venda de sua casa, primeiramente vendida ao ex-vereador Wladimir Garcez, que por sua vez, disse à comissão ter comprado o imóvel por R$ 1,4 milhão com três cheques emprestados ao ex-diretor da Delta Centro-Oeste, Cláudio Abreu, e a Carlinhos Cachoeira.

Na sessão de ontem, o empresário e professor Walter Paulo Santiago contradisse Perillo ao sustentar que comprou tal mansão em dinheiro vivo em notas de R$ 50 e de R$ 100, e que o valor foi entregue a Wladimir Garcez e ao senhor Lúcio Gouthier Fiúza.

Fonte: G1