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Justiça manda réu para Júri, defesa recorre Postado em 30/03/2012 por SINPEFRN às 00:00

O juiz federal Marcelo Roberto de Oliveira pronunciou o caminhoneiro Olmir Francisco Schossler, 54 anos, de Medianeira, pela morte do policial federal Alder Oliveira de Lima. O policial, que prestava serviço na Delegacia de Guaíra, morreu no dia 05 de junho de 2011. A pronúncia significa que o juiz está convencido de que existe materialidade do crime e indícios suficientes de autoria e, portanto, o réu deve ser submetido a Júri Popular. Da decisão do magistrado, porém, cabe recurso. A medida já foi adotada pelo advogado de defesa, o guairense Luiz Cláudio Nunes Lourenço, junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre (RS). O caminhoneiro foi denunciado por homicídio qualificado, que tem pena de 12 a 30 anos, e contrabando ou descaminho.

Denúncia

Segundo denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF), a polícia havia descoberto, no dia anterior ao acidente, em investigação realizada pelo próprio Alder e um colega, o transporte de mercadorias ilícitas.  Na noite do acidente, Alder e outro policial federal prenderam Olmir, que estava com o caminhão MB placa AOD-8999 e D.R., condutor do caminhão APE-456, em Assis Chateaubriand. Os dois transportavam mercadorias ilícitas em meio a cargas de carne suína.

Após a prisão, os federais pediram apoio de outros dois colegas.  Com o apoio, saíram os dois caminhões de Assis em direção a Delegacia de Polícia Federal de Guaíra, sendo escoltados por duas viaturas. Alder estava no caminhão de Olmir e um colega seu no veículo ocupado por D.R.. O caminhão de Olmir era o primeiro do comboio, seguido por uma viatura, o segundo caminhão e a segunda viatura.

Acidente

Durante o trajeto, Olmir teria desviado duas vezes do itinerário e ainda parado para urinar. Depois de passarem pelo Posto da Polícia Rodoviária Federal, a 500 metros da entrada de Guaíra, Olmir aumentou repentinamente a velocidade do caminhão e manobrou bruscamente o veículo para fora da pista, causando o acidente.  Com a manobra, o caminhão virou, apoiando-se totalmente, ao fim, em sua lateral direita, justamente o lado da cabine em que estava Alder. Preso nas ferragens e sem respirar, o policial morreu no local. Olmir ficou preso pela perna na cabine do caminhão. O caminhão seria o único bem dele. Ele alegou que sua visão teria escurecido e que não se recordava de ter manobrado o caminhão daquela forma. Porém, as evidências apresentadas pela polícia demonstraram que o caminhoneiro estava plenamente consciente. Para o MPF, Olmir assumiu o risco de matar o policial ao realizar a manobra.

 Investigação

Uma pessoa desconhecida teria proposto para Olmir que ele levasse jaquetas e relógios até o Estado de São Paulo, por R$ 2 mil. O caminhoneiro aceitou a proposta. Ele se dirigiu até a Frimesa onde carregou seu caminhão com carne suína. Posteriormente, ele levado o veículo até um posto em Medianeira, local em que o veículo foi carregado com as mercadorias. Nessa oportunidade, R$ 1 mil foram deixados no banco do caminhão. O restante do pagamento o caminhoneiro receberia quando retornasse à Medianeira.

Fonte: O Presente

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