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Há 14 anos, agente federal era executado a tiros em Dourados Postado em 25/06/2012 por SINPEFRN às 00:00

No dia 23 de junho de 1998 o agente da Polícia Federal de Dourados, Marcos Antônio Soares Assunção, o “Rambo”, foi assassinado a tiros na periferia da cidade. O crime aconteceu  em um bosque que existia na época na rua Dezidério Felipe de Oliveira, na entrada do bairro Novo Horizonte.

“Rambo” como era mais conhecido nos meios policiais bem como para os que conviviam na época no submundo do crime, em especial o contrabando e o tráfico de drogas, foi atingido por cinco tiros e morreu instantaneamente no local.

O crime aconteceu por volta das 13h15 e na época, a Polícia Federal presumiu que o agente federal teria sido atraído para uma emboscada armada por dois de seus “informantes”.

Ao ser assassinado, “Rambo” caiu ao lado de um veículo VW/Saveiro descaracterizado, que havia usado para chegar até o local da sua execução. Na cintura dele a perícia apreendeu uma pistola  9 milímetros de fabricação australiana e no tornozelo em um coldre estava um revólver Rossi 38 cano curto e dentro do veículo havia um fuzil Sturn Rugger calibre 5,56 milímetros.

Mesmo com este arsenal em seu poder, o agente federal não teve tempo para reagir, uma vez que foi surpreendido pelo assassino. Na época de sua morte, o agente federal tinha 35 anos, era casado e pai de um filho de pouco mais de dois anos (Hoje com 16 anos).

O PERSONAGEM

No mesmo dia do crime a Policia Federal prendeu em flagrante o então estudante de Direito Kleber Rocha Pinto, na época com 34 anos por ser suspeito de ter ligações com o crime depois que pistas dadas por testemunhas levaram os policiais até ele.

De acordo com informações, “Kleber” era “informante” de “Rambo” e ao ser interrogado na delegacia que ficava na época em um prédio na rua Major Capilé, acabou entregando o seu “comparsa” e autor dos tiros que mataram o agente federal, Jaime Favaro, o “Jaiminho” ou “Gauchinho”, que era muito conhecido na região do Jardim Flórida e apontado como responsável por vários assassinatos na cidade.

Conforme consta no inquérito policial, “Rambo”, no dia do crime, recebeu um telefonema anônimo onde a pessoa dizia que havia um ponto de drogas na rua Dezidério Felipe de Oliveira e ao checar a informação sozinho, acabou sendo atraído na verdade, para a morte.

Consta que para matar o agente federal “Gauchinho” usou uma moto de propriedade de “Kleber”.

Marcos Antonio Soares Assunção tinha o apelido de “Rambo” porque quando ia para a repressão ao contrabando e ao tráfico de drogas, mantinha seus cabelos longos amarrados por uma fita, fuzil nas costas e pistolas na linha de cintura.

O agente federal encarnava o personagem de cinema com eficiência, colocando em perigo o domínio do tráfico de drogas na fronteira.

CAÇADA INTENSA

Com a morte de “Rambo” e a prisão de “Kleber”, um grupo de cerca de 45 agentes federais iniciaram uma verdadeira “caçada” para capturar Jaime Favaro, o “Gauchinho”, que era um rapaz de cor branco e cabelos loiros, de cerca de 20 anos de idade.

“Gauchinho” após matar o agente federal fugiu da cidade e buscou abrigo na casa de uma irmã na cidade de Laguna Caarapã e no local não conseguiu a guarida.

Após pegar um cobertor e certa quantidade de alimentos, o pistoleiro se embrenhou numa mata fechada onde foi cercado pelos agentes federais. Cansado, com fome e frio, “Gauchinho” teria “reagido à prisão” e foi morto três dias depois da “emboscada” ao agente federal.

O corpo de “Gauchinho” vale ressaltar transformou-se em peneira e ficou irreconhecível.

Após pouco mais de 24 horas de “caçada intensa”, o assassino de “Rambo” foi “cercado” pelos 45 agentes federais e recebeu mais de 20 tiros de pistolas e escopetas calibres 12 e fuzil, conforme atestou o inquérito policial. Ao sair da mata ao encontro dos agentes federais “Gauchinho” esta portando apenas um revolver Magnum calibre 357.

Na caçada ao assassino do agente federal, uma mega-operação foi montada para segundo a Polícia Federal “fazer justiça”, inclusive, a instituição serviu-se até de avião que sobrevoou a mata para tentar localizar “Gauchinho” que era criminoso e que foi acusado na época de participar de outras execuções na cidade.

O corpo de “Rambo” que havia nascido em Santo Anastácio (SP), foi sepultado em Dourados, e tempo depois informação consta que foi trasladado os restos mortais para a sua cidade natal, onde foi novamente sepultado, porém no jazigo da sua família.

Fonte: Dourados News

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