O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), Marcos Wink e o diretor de Estratégia Sindical, Paulo Paes se reuniram com o presidente da Associação Nacional do Ministperio Público (ANPR), Alexandre Camanho. No encontro os representantes das entidades discutiram a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição 37/2011 - a chamada PEC da Impunidade -, que busca atribuir competência privativa às polícias para o exercício da atividade de investigação criminal, mediante alteração do artigo 144-§10. Os dirigentes sindicais também debateram assuntos de interesse comum das entidades.
Wink apresentou os argumentos contrários ao projeto, salientando que o inquérito policial é um instrumento que só existe no Brasil. “Estamos brigando para alterar esse sistema. Para se ter uma ideia, em São Paulo, um delegado de polícia tem em média 600 inquéritos para analisar, sendo que cada um dos procedimentos tem no mínimo dez pessoas envolvidas”, afirmou.
Ele destacou que a Federação quer valorizar as funções próprias da polícia. “Tenho plena consciência de que o trabalho que nós fazemos, nenhum membro do MP pode fazer”, acrescentou, referindo-se à práticas como escutas telefônicas, campanas, entre outras.
Camanho endossou o entendimento da Fenapef, ressaltou que a ANPR já produziu três notas técnicas contra a proposição e colocou-se à disposição para trabalhar conjuntamente no Congresso Nacional contra a PEC da Impunidade.
Fonte: Agência Fenapef com ANPR