Lideranças de entidades da Polícia Federal se reuniram pela primeira vez com o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, e com o diretor de Gestão de Pessoas, Delano Cerqueira, nesta terça-feira (17), para dar continuidade às negociações referentes à reestruturação da carreira. O projeto foi apresentado aos policiais federais ainda na gestão de Fernando Segóvia e, desde então, sido objeto de debate entre as representações dos policiais.
A direção-geral partiu de pontos de consenso apresentados pelos policiais federais, como a necessidade de manter a paridade e integralidade das aposentadorias, instituir gratificação por tempo de sobreaviso aos servidores e atuar pela reinclusão de municípios para fins de indenização de fronteira, além de combater a diferenciação imposta pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp). “Foi uma reunião muito positiva, para aproximar”, avaliou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luís Boudens.
Após o primeiro encontro, o diretor-geral deve convocar as entidades para reuniões reservadas, a fim de compreender os pleitos prioritários de cada cargo. “Queremos que as reuniões conjuntas ocorram pelo menos uma vez por mês, para recuperarmos o tempo perdido após as recentes mudanças na gestão da PF”.
Rogério Galloro foi empossado diretor-geral da PF após a criação do Ministério Extraordinário de Segurança Pública pelo ministro Raul Jungmann, e está no cargo há pouco mais de um mês. Ele substituiu Fernando Segóvia, que ficou à frente do órgão por quatro meses.
Ainda na gestão de Segóvia, Boudens cobrou uma sinalização da Direção-Geral da PF acerca do reconhecimento de atribuições complexas realizadas pelos policiais federais e da unificação dos cargos de Agente e Escrivão. A entidade justifica que as medidas diminuiriam a burocracia interna na Polícia Federal e alavancaria as ações inerentes à atividade-fim do órgão, como investigações, operações e fiscalizações diversas.
Concurso da PF
Na reunião desta terça-feira, Galloro também confirmou para este ano a realização do concurso para policial federal. Segundo o diretor-geral, o edital deve ser publicado ainda no primeiro semestre com oferta de 500 vagas. Dessas, 180 serão para agentes; 150 para delegados; 80 para escrivães; 60 para peritos; e 30 para papiloscopistas da PF.
Segundo Luís Boudens, a diminuição de oportunidades para delegados é uma vitória da Fenapef. “Pedimos uma redistribuição das vagas porque havia excesso. Hoje o maior déficit da PF é de investigadores – atividade desempenhada pelos demais cargos”, esclarece.
Aposentadorias por invalidez
Atendendo à solicitação de diversos colegas, Boudens questionou a direção-geral sobre denúncias de que as juntas médicas da PF estariam aposentando compulsoriamente colegas afastados por problemas de saúde. “Solicitamos a revisão das decisões das juntas médicas e vamos acompanhar para garantir que os processos de afastamento e aposentadoria obedeçam à legislação vigente”.
Fonte: Agência Fenapef