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DPF esquece mulheres e adquire só coletes balísticos masculinos Postado em 12/06/2012 por SINPEFRN às 00:00

Com atraso de quase quatro meses, começou nesta segunda-feira, 11, a distribuição dos coletes balísticos para os policiais federais. São 11.313 coletes nível dois que serão entregues aos federais de norte a sul do Brasil. Contrariando a portaria 18 do Departamento Logístico do ministério da Defesa, o DPF não adquiriu um único colete balístico feminino.

Em Foz do Iguaçu os coletes balísticos aos poucos chegam às mãos dos policiais. Conforme informações obtidas pela Agência Fenapef, as mulheres que quiserem acautelar coletes precisam pegar o PP masculino. “Mesmo o tamanho PP masculino não é adequado ao corpo feminino”, diz a representante sindical do Sindicato dos Policiais Federais no Paraná, Bibiana Orsi.

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Rio Grande do Sul e diretor de Estratégia Sindical da Fenapef, Paulo Paes, diz que somente coletes masculinos são distribuídos no estado. "A compra dos coletes foi feita em Brasília e simplesmente desconsiderou nossas colegas policiais", critica Paes.

O artigo 7º da Portaria 18 é claro: “Os coletes destinados ao uso feminino deverão ser adequados à proteção do busto e apostilados aos respectivos títulos de registro dos fabricantes indicando a expressão USO FEMININO”. Mas, por mais que a legislação defina a necessidade de compra dos coletes para as mulheres, o DPF não adquiriu o material adequado as policiais federais.

Em 14 de fevereiro deste ano a Federação Nacional dos Policiais Federais alertou o DPF para a compra do material adequado ao público feminino. Em ofício encaminhado ao DPF, a Federação questionou se o Departamento havia comprado os coletes femininos e quais os critérios seriam utilizados para a distribuição do material. Até hoje o DPF respondeu aos questionamentos.

O diretor de Relações do Trabalho da Fenapef, Francisco Sabino, diz que levará a questão da compra dos coletes ao conhecimento do Ministério Público. “Temos uma normativa que estabelece a necessidade da compra de coletes femininos e mesmo diante disso, o administrador não comprou os coletes adequados”, diz o diretor.

Veja aqui o ofício encaminhado pela Fenapef

Fonte: Agência Fenapef

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