O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, deu mais um sinal de que pretende avançar no diálogo com os policiais federais, por meio da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e outras entidades representativas. Nesta quarta-feira (22), Segóvia compareceu ao encerramento do 1º Congresso de Jornalismo e Segurança Pública, promovido pela Federação em Brasília (DF). Segundo o presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens, a presença foi “um gesto de respeito aos policiais federais e nosso esforço em trazer a segurança pública para a agenda de debates nacional”.
A exemplo de outras aparições públicas após ser anunciado sucessor de Leandro Daiello na direção da PF, Segóvia apostou em um discurso de união e de melhoria das relações entre os cargos que compõem a Carreira. “A Polícia Federal vai continuar trabalhando com afinco em prol da sociedade brasileira. Não somos um, nem dois, nem quem aparece na frente das câmeras, somos 11 mil policiais federais [média de servidores na ativa]”, destacou.
Segóvia também demonstrou conhecimento sobre as consequências de conflitos internos que há muito são denunciados por policiais federais. “A questão do suicídio, do trato com o policial. É preciso haver uma mudança de paradigmas”, defendeu.
O diretor encerrou sua fala, elogiando a iniciativa da Fenapef de discutir os atuais modelos de segurança pública com a imprensa e classificou a relação entre jornalistas e profissionais de segurança pública como “fundamental para o País”.
“A intenção da Fenapef é construir uma PF melhor”
Sobre a fala de Segóvia, o presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens, afirma que “as relações sindicais nem sempre são amistosas”, justamente pelo papel que a Fenapef assumiu de fiscalizar a gestão da PF, as ações realizadas no âmbito da Lava-Jato, além de zelar pela correta utilização dos recursos do órgão. “Mas se o objetivo for construir uma Polícia Federal mais forte, o Segóvia sabe que pode contar conosco”, finalizou.
FONTE: Agência de Notícias Fenapef