O concurso da Polícia Federal deve sair do papel em 2018, segundo informações repassadas pelo diretor-geral da PF, Fernando Segóvia, a representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), entidade que representa a Carreira. A previsão é que o certame ofereça 600 vagas – ou seja, apenas metade do que foi solicitado à pasta do Planejamento.
“Com o orçamento e a autorização de gastos aprovados, o edital pode ser publicado a qualquer momento, só dependendo da resolução de trâmites burocráticos como definição de cronograma e seleção da banca organizadora”, declarou o presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens.
Ele considera a notícia uma vitória da entidade nacional e seus sindicatos, que se empenharam pela autorização do concurso, mas reforça que o número de vagas ainda é insuficiente. “Em 2017 vimos a força-tarefa da Lava-Jato ser encerrada por falta de recursos”, lembra.
Segundo o presidente, em uma situação de ajuste das contas públicas, é importante ouvir a representação dos policiais, que recebem várias informações e pleitos sobre a melhor distribuição das vagas. “Hoje, os policiais federais são desviados do trabalho operacional para desempenharem atividades cartorárias ou fora da atividade-fim. Uma opção mais viável seria o concurso contemplar menos vagas para delegados e mais oportunidades para servidores administrativos”.
A previsão para 2018 é que sejam disponibilizadas 150 vagas para agente; 300 para escrivão; 100 para perito; e 50 para delegado de Polícia Federal. Até o lançamento dos editais, as vagas podem ser remanejadas, desde que respeitem o montante autorizado pelo Planejamento.
Pedidos de aposentadoria
Depois do governo anunciar a Reforma da Previdência e tentar adiar o reajuste negociado pela Carreira, o número de policiais federais que deu a entrada na aposentadoria aumentou assustadoramente. Segundo dados Fenapef, de dezembro de 2016 a junho deste ano foram feitas 307 solicitações. Para se ter uma ideia do crescimento, nos anos anteriores, a média anual de pedidos girava em torno de 100 por ano.
FONTE: Agência Fenapef