Associações de PMs de diversos Estados articulam uma paralisação nacional em março. O "apagão na segurança", como chamam a mobilização, visa pressionar a Câmara a colocar em pauta a PEC 300, proposta de emenda constitucional que unifica os pisos salariais dos PMs de todo o Brasil. A mobilização nacional cresceu nos últimos dias em solidariedade à situação na Bahia.
BAHIA - Sitiado na Assembleia do Estado, o líder da greve da PM baiana, Marco Prisco, rebateu ontem as declarações que o governador Jaques Wagner fez sobre grevistas. O petista os acusou de ter cometido alguns dos assassinatos registrados nos últimos dias.
"O governador Jaques Wagner está sendo leviano. Se ele tem provas, deveria apresentar. Eu tenho a consciência tranquila de que jamais cometi um crime", disse Prisco à Folha por celular.
Nos últimos dias, a reportagem esteve na Assembleia para registrar o cotidiano do líder do movimento. Prisco usa colete à prova de balas desde que sua prisão foi decretada, na sexta. É cercado por guardas dia e noite e, por medida de segurança, troca periodicamente de sala.
Desde a deflagração da greve, no dia 31 de janeiro, o presidente da pequena Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (que tem filiados apenas 7% do efetivo da corporação) estabeleceu uma autoridade inconteste em grande parte da PM baiana.
Fonte: Folha de S.Paulo